Quem disse que retrato só fica legal em óleo ou pastel?
Este fiz sob encomenda em 2005 e usei o meio acrílico em aerografia sobre tela.
É um trabalho que usei como referência uma fotografia. Primeiro é feito um esboço suavemente em lápis na tela com todos os detalhes. De preferência um HB ou F. Depois pinta-se em suaves camadas de tons e semi-tons de um cinza bem claro, alternando progressivamente para tons mais escuros. Não recomendo a mudança de cor (caso você tenha vários tubos com da mesma cor em tons diferentes), mas sim a consistência da mistura, aumentando-a com branco (muito pouco), ou diminuindo-a com mais água por exemplo (isso se for fazer no estilo mostrado aqui). Caso contrário teremos "manchas" das cores diferentes muito perceptíveis. Usei Liquitex Cinza Neutro Valor 5, que é excelente neste caso. Com muita paciência vamos escurecendo os tons progressivamente, o que pode levar dias de trabalho. Só no final se usa o Preto apenas como complemento em tons mais profundos. O Branco mais "puro" da mesma forma serve apenas para realçar pequenos detalhes. Essa fase da pintura é bastante crítica, pois pode-se por todo o trabalho a perder. O ideal é testar as cores à parte em outro suporte pois as cores reagem muitas vezes de forma inesperada. Quem já trabalhou com aerografia sabe que se perde mais tempo limpando a pistola do que se pintando propriamente. Paciência.
A mesma técnica pode ser usada em uma pintura no Photoshop, ainda com a vantagem de se ter layers para os tons diferentes. Assim caso não fique boa uma sessão de pintura
pode-se descartar este layer e fazer outra.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Aerografia Também
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Marcus Lemos
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terça-feira, 28 de agosto de 2007
Acrylic on Paper
Trabalhos começados originalmente em 2003, e visam retratar alguns prédios tombados como patrimônio histórico em Cuiabá/MT. Estes 2 são parte de um total de 30 pinturas em acrílico sobre papel. A primeira é do antigo Arsenal de Guerra (hoje SESC/Arsenal), e a segunda retrata a Igreja do Bom Despacho, uma obra de arquitetura colonial inspirada na Catedral de Notre- Dame de Paris. Na verdade ainda não terminei todas, mas espero que se Deus permitir, concluirei o projeto. São pinturas há moda antiga, sem nenhuma intervenção digital, o que no final das contas me proporciona imenso prazer e satisfação, e proporcionalmente requer muitíssima atenção e tranqüilidade no ambiente de trabalho também, o que últimamente tem sido quase impossível para mim. Gosto do acrílico porque o considero como o mais versátil dos mediuns, e ainda por sua alta pigmentação e permanência. Neste exemplo, vemos que ele pode assumir tanto a opacidade do guache como a fluidez e transparência da aquarela e se quiser, a consistência do óleo.
As pinturas são parte do acervo particular de Maria Teresa Carrion Carracedo e são protegidas pelas leis de direito autoral.
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Marcus Lemos
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3:53 PM
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